O uso das mídias no cotidiano escolar
Aline Kapp Horizonte da Rosa
A
sociedade está em constante evolução, de acordo com Pozo (2002), estamos
vivendo na sociedade da aprendizagem, onde aprender é necessário para o
desenvolvimento pessoal, cultural e econômico.
À informatização tem papel
importante neste processo, pois possibilita o acesso ao conhecimento de forma
cada vez mais rápida e democrática, chamado por Morin (2001) de democracia
cognitiva.
Portanto, não cabe ao professor ensinar aos alunos conhecimentos como sendo verdades acabadas, porém possibilitar que estes interpretem estas informações para construir seus pontos de vista.
Portanto, não cabe ao professor ensinar aos alunos conhecimentos como sendo verdades acabadas, porém possibilitar que estes interpretem estas informações para construir seus pontos de vista.
Para isso, Pozo e Postigo (2000)
estabelecem cinco competências a serem desenvolvidas: competência para
aquisição do conhecimento, para interpretação da informação, para análise da
informação, para compreensão e comunicação da informação.
Todavia, para que a informação possa
converter – se em conhecimento é necessária uma mudança na forma de aprender
dos alunos e na forma de ensinar dos professores. É preciso, romper com
paradigmas e mudar a mentalidade na forma de concepção do processo
ensino–aprendizagem.
Aos professores cabe expandir cada
vez mais o acesso à informação, possibilitando o acesso a todos, e desta forma,
promover uma sociedade rica na produção de novos conhecimentos.
Em
busca desta sociedade rica em conhecimento, as tecnologias devem estar
presentes para auxiliar os professores neste processo, porém é necessária uma
mudança de atitude dos educadores, como salientado por Prado, 2005:
O uso da tecnologia na escola, quando pautada em
princípios que privilegiam a construção do conhecimento, o aprendizado
significativo e interdisciplinar e humanista, requer dos profissionais novas
competências e atitudes para desenvolver uma pedagogia voltada para a criação
de estratégias e situações de aprendizagem que possam tornar-se significativa
para o aprendiz, sem perder de vista o foco da intencionalidade educacional.
Os professores devem utilizar as tecnologias
em prol da educação e da aprendizagem significativa, para isso precisam
planejar suas ações e utilizar os recursos em busca dos objetivos definidos.
O
trabalho por meio de projetos é uma excelente forma de integrar diferentes
disciplinar e utilizar recursos tecnológicos em favor da aprendizagem. “O trabalho por meio de projeto favorece,
também, a integração das diferentes tecnologias e mídias, mas, para isso, é
fundamental que o professor conheça suas especificidades – potenciais e
restrições.”
(p 55)
Almeida
(2002, p. 58) destaca ainda que:
[...] o projeto rompe com as fronteiras disciplinares,
tornando-as permeáveis na ação de articular diferentes áreas de conhecimento,
mobilizadas na investigação de problemáticas e situações da realidade. Isso não
significa abandonar as disciplinas, mas integrá-las no desenvolvimento das
investigações, aprofundando-as verticalmente em sua própria identidade, ao
mesmo tempo em que estabelecem articulações horizontais numa relação de
reciprocidade entre elas, a qual tem como pano de fundo a unicidade do
conhecimento em construção.
O
trabalho pedagógico aliado às tecnologias é muito enriquecedor, pois temos
disponível um leque de informações sobre diferentes assuntos, com várias
possibilidades de interação e exemplificação (imagens e vídeos) sobre o tema,
cabendo aos professores utilizar estes recursos como fonte de aprendizado.
Possibilitar aos educandos o acesso a estas informações torna o trabalho mais
rico, permitir que eles exponham seus trabalhos, incentiva a produção acadêmica
desde cedo.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
GONÇALVES, Romanda. Didática Geral. 11ª ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 1980.
LIBÂNEO, J.C. Organização
e gestão da escola: teoria e prática. 5. ed. Goiânia: Editora Alternativa,
2004
TORNAGHI, A.J.C; PRADO,M.E.B.B.;
ALMEIDA, M.E.B. Tecnologias na Educação:
ensinando e aprendendo com as TIC: guia do cursista. 2 ed. Brasília:
Secretaria de educação à Distância. 2010.